sexta-feira, 22 de abril de 2011

(Sem título)

É tão frágil e você fica jogando pra cima e pra baixo como se fosse um brinquedo qualquer. É tão frágil e você fica batendo sempre no mesmo lugar, sempre deixando dolorido. Porque você faz isso? Porque gosta de me ver sofrer? Porque, pelo menos uma vez, não se põe no meu lugar? Só pode ser gratificante ver os outros sofrendo, só pode dar um orgulho muito grande. Mas tenho uma coisa para te dizer: isso dói, não em você, em mim; dói e não tem a mínima graça.

Vem!

Vem! Chega mais perto e me dá um beijo, cola em meu corpo e mata meu desejo, me mostra aquelas coisas que só você sabe fazer. Vem, amor, que já está na hora, você não pode ir embora sem antes me aquecer. Vem, amor, que já não estou mais suportando, minha saudade está me sufocando e meu peito implorando por você. Anda, amor, vem um pouco mais depressa! Você sabe que o que interessa é só eu e você! Vem! Não consigo nem pensar em ter você longe de mim, estou louca para te ver, sim, e tudo que eu quero, tudo que é mais quero é você!

Mais uma.

É mais uma lágrima que cai, mais uma vez que me desespero, mais uma vez que me isolo, mais uma vez que te espero. Já fiz uma promessa a mim mesma de que por você nenhuma lágrima minha cairia mais, mas não é algo que se possa controlar. Isso é algo que só você pode fazer. Deixando de me magoar, deixando de me esquecer. Mas o que eu posso fazer? Se só o que me resta é chorar e tentar esquecer?

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Perdoo-te.

Sinto-me mais solidária para com sua pessoa. Acabei por decidir não mais guardar rancores, pois só a mim seria prejudicial. De início, não vou negar, rugia em meu peito uma raiva incomparável, que aos poucos foi se tornando somente um ronronar magoado. E se você quer mesmo saber como isso de fato aconteceu, eu lhe contarei. Parei para refletir e cheguei a conclusão de que guardar esse rancor de nada ia adiantar, já que você já havia errado, já que você já havia me trocado, ou o que quer que você ache que tenha me proporcionado. Eu havia cansado de tentar entender os seus sentimentos, que, de uns tempos para cá, se tornaram os mais ambíguos possíveis. E foi a partir daí que eu encontrei vazio o outro lado da minha cama. "Estou tentando te evitar de tamanha confusão", foram as suas palavras que me perseguiram por dias seguidos, percorrendo até os lugares mais íntimos do meu ser. Mas um crescimento, mais espiritual do que intelectual, veio a calhar, fazendo-me desistir de ser um poço de mágoas. Então, meu caro, ex-amado e ex-amante, não te portes de outro jeito se não o seu natural quando com minha presença se encontrar. Saiba, pois, que de ti não tenho mágoas, somente um brevíssimo ressentimento, que não chega nem aos minúsculos dedos dos pés dos meus problemas.